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terça-feira, 13 de outubro de 2015

VIAJAR DE E PARA BEJA TRANSFORMOU-SE NUM CALVÁRIO:

Comunidade alentejana perdeu o acesso directo ao Intercidades e ganhou uma automotora “carrancuda” que soma avarias e acrescenta desconforto e incumprimento dos horários.



«Gabriel Gaitinha chegou à estação Oriente, carregado de malas, vindo de Coimbra na viatura de um amigo. O cansaço era muito e estava ansioso por estender as pernas na viagem para Beja. “No comboio não vou tão atravancado como nos autocarros” comentou ao PÚBLICO dias depois da viagem que, jura agora, tão cedo não vai repetir. A viagem ferroviária de e até à cidade alentejana é, desde a suspensão da ligação directa, um autêntico calvário.O Intercidades com destino a Évora e Beja partia às 19h. “Não havia um lugar vago”, recorda Gabriel Gaitinha. Com 20 minutos de atraso, a composição inicia a marcha. O ambiente lembrou ao passageiro vindo de Coimbra as quadras do “Comboio descendente” que Fernando Pessoa escreveu e José Afonso musicou. “(…) Vinha tudo à gargalhada/ Uns por verem rir os outros/E outros sem ser por nada.”Gaitinha olhou de uma ponta à outra da carruagem e reparou que existia “alegria, gargalhadas, entusiasmo…” Era sexta-feira e, por este facto, o número de jovens que frequentam o ensino universitário e rumavam a casa no fim-de-semana, marcava o ambiente de boa disposição e de alguma ansiedade. As crianças, animadas, oram riam ora faziam birras, mas ninguém comentava o atraso de 20 minutos na partida.Após cerca de hora e meia de viagem, a composição parou na estação de Casa Branca. “Faltavam 10 minutos para as 21h”, recorda Gabriel Gaitinha. Os passageiros com destino a Beja fazem aqui o transbordo para o comboio regional, uma contrariedade que acontece, desde 2011, altura em que a CP suspendeu o Intercidades directo para a capital do Baixo Alentejo.António Marques Colaço, outro dos passageiros com destino a Beja, sublinhou as dificuldades das famílias com filhos “carregadas de malas, sacos e embrulhos”. Imagina o que será o transbordo nos dias de chuva ou sol intenso já que não há resguardo adequado na estação de Casa Branca.Descreve o que aconteceu a seguir. “O comboio não pegava. Meteram-se debaixo da máquina e, porrada daqui, porrada dali, mesmo assim não o punham a andar”. Os passageiros começam a revelar alguma incomodidade. Até que sentem um puxão forte e o regional retomou a marcha. A calma regressa. Poucos quilómetros andados, a composição parou novamente no meio de nada.Houve-se um assoprar forte, que pareceu de ar comprimido. Alguém comentou: “Isto ainda vai rebentar”. Uns riem, outros resmungam “e o revisor, coitado, que também faz de mecânico, atravessou o interior da carruagem desfraldado, limpando a cara dos sinais de esforço”, observou Marques Colaço.Quando os sinais de impaciência já se começavam a revelar, a composição retoma a marcha, para voltar a parar mais adiante. Gabriel Gaitinha regressa a Fernando Pessoa. “Enquanto na primeira parte do poema existe boa disposição, alegria… a terceira estrofe denota o estado de alma de pessoas cansadas, resignadas: “Mas que grande reinação! /Uns dormindo, outros com sono/ E outros nem sim nem não”.Com uma hora de atraso, o comboio regional entra finalmente na gare da estação de Beja. A mole humana bloqueia a porta de saída. O cansaço, revelador da tensão acabada de viver, é superado pelo reencontro familiar, os beijos e os abraços misturados com a pergunta quase unânime: “Então, o que é que aconteceu?”O episódio retratado é apenas mais um entre muitos que acontecem desde 2011, data da suspensão do Intercidades directo de e para Beja. Em forma de compensação, a prometeu novas automotoras, “modernizadas”, com um conforto “equivalente” aos comboios Intercidades, prometendo até que a viagem entre Lisboa e Beja “irá durar menos quatro a cinco minutos”.Acontece que os atrasos na partida e na chegada a Beja têm sido uma constante. Mas este não é o único problema a justificar os protestos crescentes da população: São vários os comboios que partem sem que a bilheteira esteja aberta, o que obriga os passageiros a comprar bilhete quando chegam à Estação Oriente, em Lisboa.Florival Baioa, membro do movimento “Beja Merece” que reivindica o regresso do Intercidades e a electrificação da linha ferroviária entre Casa Branca e Beja, garante que “há passageiros a utilizar o Intercidades sem pagar bilhete porque não têm como poder fazê-lo”. E acusa a CP de, com este comportamento, ter um propósito: “Acabar com a ligação ferroviária”.A empresa colocou em Beja uma automotora “carrancuda” que “avaria com frequência”, critica Baioa, destacando o enorme caudal de queixas que recebe das pessoas afectadas pelos atrasos “constantes” deste transporte.»
Jornal Público
CARLOS DIAS 13/10/2015 - 07:07

segunda-feira, 17 de março de 2014

PS de Beja promove acção “Pelos Comboios”

O PS de Beja entrega no sábado, dia 15, em Lisboa, nas sedes nacionais da CP e da REFER, cartas dirigidas aos conselhos de Administração das duas empresas, com contributos para a melhoria da qualidade de transporte de passageiros de e para o Baixo-Alentejo.

O que se pretende é deixar sugestões, que ajudem a promover a melhoria do funcionamento dos transportes ferroviários, tendo como fim último a electrificação da linha, Beja Casa Branca, avançou à Voz da Planície o presidente da Concelhia do PS. Paulo Arsénio frisou também, que sábado poderá não ser o melhor dia, sendo contudo, aquele que se tem disponível, em termos profissionais, para fazer esta viagem, que tem como objectivo marcar uma posição, no terreno.
A comitiva que se vai deslocar a Lisboa, no sábado, é constituída por pessoas do PS, simpatizantes e todos os que se quiserem juntar-se a ela, incluindo a comunicação social, deixou claro, igualmente, Paulo Arsénio. Reconhecendo que seria mais fácil, fazer chegar as cartas via email, o presidente da Concelhia de Beja do PS referiu que a realização de uma viagem de comboio permite identificar, ao longo do trajecto, o que está menos bem e dar a conhecer as propostas que os socialistas fazem nas cartas a entregar. Sendo uma iniciativa diferente, Paulo Arsénio espera uma boa reacção por parte da CP e da REFER e de respostas positivas das duas empresas.


A comitiva vai e volta de Lisboa de comboio e na capital vai andar de metro e a pé disse ainda, Paulo Arsénio realçando o facto, desta iniciativa da Concelhia de Beja do PS, não ter como objectivo sobrepor-se a nenhum movimento de cidadãos.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

MOVIMENTO E AUTARCAS REPUDIAM DESACTIVAÇÃO DA LINHA ENTRE BEJA E FUNCHEIRA:

«Um movimento cívico e os autarcas de Castro Verde e Ourique repudiaram hoje a prevista desativação da linha ferroviária entre Beja e Funcheira, enquanto o autarca de Beja defende que a decisão deve considerar a sustentabilidade do serviço.

Segundo um documento preliminar que define a estratégia do Governo para os transportes entre 2011 e 2015, a que a Lusa teve acesso, o executivo prevê desativar até final deste ano, na linha ferroviária do Alentejo, a ligação entre Beja e Funcheira, que assegura a ligação ao Algarve e passa pelos concelhos de Castro Verde e Ourique.

De acordo com o documento, a mobilidade das populações será "assegurada" através de "concessões rodoviárias" e o Governo vai manter a ligação ferroviária de mercadorias às minas de Neves Corvo (Castro Verde).

"Não vemos com agrado o encerramento" da ligação e "será um erro, para já, acabar" com a linha, porque "temos quase a certeza absoluta de que será importante num futuro próximo", disse hoje à Lusa Florival Baioa, do movimento ‘Beja Merece’, criado para defender a manutenção da ligação, entre outras reivindicações.

A desativação da linha está prevista no orçamento deste ano da CP. "Já sabíamos que isso iria suceder", lembrou, referindo que "em vez de se melhorar a linha prefere-se extinguir", o que irá impedir que haja uma ligação ferroviária pelo interior entre as três capitais do sul (Évora, Beja e Faro).

O presidente da Câmara de Castro Verde, Francisco Duarte (CDU), afirmou à Lusa não concordar com a desativação da linha, que, a concretizar-se, será "mais um contributo decisivo para a desertificação humana da região e a quebra da qualidade de vida das populações".

O município "repudia frontalmente o esquecimento do Alentejo em termos de estratégia ferroviária", disse, defendendo que a linha "deveria ser melhorada" em vez de desativada, e o transporte alternativo através de concessões rodoviárias "de maneira nenhuma constitui uma resposta cabal às necessidades das populações".

Para o presidente da Câmara de Ourique, Pedro do Carmo (PS), a desativação da linha "é mais uma machadada grave na mobilidade das populações" e irá contribuir para "a desertificação e o abandono do interior".

"É muito preocupante e uma forma de nos matarem lentamente", disse, referindo que "está em cima da mesa a extinção de municípios e freguesias" e o que se pode "aflorar" da eventual desativação da linha "é que se não nos matam de uma maneira matam-nos de outra".

O autarca considerou: "Com a estratégia de cortes, de desativar linhas férreas e de não construir novas estradas caminhamos para o abismo" e "pouco mais há a dizer que não seja indignarmo-nos".

Já o presidente da Câmara de Beja, Jorge Pulido Valente (PS), defendeu que a eventual desativação terá que ser analisada com base no movimento de passageiros e na sustentabilidade do serviço.

"Não sei qual é o movimento e não sei se será sustentável manter o serviço" ou se, "preferencialmente e com benefícios para os utentes", deve ser "substituído por uma ligação de outro tipo", que permita aos utentes apanharem, na Funcheira ou noutro sítio, o comboio para o Algarve, disse.

O responsável disse que “tem que ser feita uma análise dos custos e dos benefícios", com realismo, porque ter uma linha ativa com "custos elevadíssimos" para transportar poucos passageiros "não é solução". No seu entender, resta saber se haveria uma procura significativa que viabilizasse o serviço se houvesse investimentos para melhorar as condições da linha.»

Fonte: Diário Online

quarta-feira, 12 de outubro de 2011



ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE VIDIGUEIRA NÃO 'DESISTE' DAS LIGAÇÕES FERROVIÁRIAS DIRECTAS A LISBOA:

«A Assembleia Municipal de Vidigueira aprovou por maioria uma moção em defesa das ligações ferroviárias Beja-Lisboa-Beja.
A Assembleia Municipal considera que “no Distrito todas as autarquias, partidos políticos, instituições e movimentos estão de acordo com a electrificação e a ligação directa do comboio intercidades Beja – Lisboa e a ligação ao Algarve (Funcheira)”. Nesse sentido decidiu “não desistir da luta pela exigência da electrificação e ligação directa entre Beja e Lisboa”. Na moção é defendida “a manutenção da ligação ao Algarve (Funcheira)”.
A Assembleia Municipal lamenta o resultado da votação dos Projectos de Resolução apresentados na Assembleia da República e exige do Governo e da CP “uma nova e positiva atitude e a consideração em próximo Plano de Actividades destas reivindicações de toda a região, assumindo, de facto, a enorme importância que estas têm para a qualificação e desenvolvimento do Distrito de Beja”.
A Moção foi enviada ao Presidente da República, Presidente do Conselho de Administração da CP, Grupos Parlamentares, presidência da Mesa da Assembleia da República, Ministro das Comunicações e Obras Públicas e Primeiro-ministro.»


Fonte: Rádio Pax

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

CP ANUNCIA ALTERAÇÕES NA LINHA DO ALENTEJO:

A CP anuncia na sua página online que a partir de dia 16, terça-feira, será suprimido em todo o percurso o comboio Intercidades 581; com partida de Casa Branca às 07h16 e chegada a Beja às 08h07. A CP informa que vai criar uma ligação regional com partida de Beja às 19h25, chegada a Cuba às 19h37, Alvito 19h46 e Vila Nova da Baronia às 19h54. Em sentido inverso é criada uma ligação com partida de Vila Nova da Baronia às 07h08, com chegada a Alvito às 07h15, a Cuba às 07h25 e a Beja às 07h40. Este horário vai servir os utentes que utilizam a linha para deslocações para o trabalho.

Fonte: Rádio Pax

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

GOVERNO E CP VÃO ANALISAR EVENTUAL ELETRIFICAÇÃO DO TROÇO CASA-BRANCA - BEJA:

O movimento de cidadãos “Beja Merece” revelou que o Governo e a administração da CP vão “analisar e estudar” a eventual eletrificação do troço ferroviário Casa Branca-Beja, da Linha do Alentejo.

O secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Silva Monteiro, “disse-nos que vão decorrer reuniões entre o Governo e a CP para analisar e estudar a modernização e a eletrificação” do troço Casa Branca-Beja, disse à agência Lusa Florival Baioa, do movimento.

Florival Baioa falava após representantes do movimento terem reunido hoje com o governante, em Lisboa, para apresentarem as suas reivindicações e saber qual a política do Governo para as ligações ferroviárias a Beja e ao Baixo-Alentejo.

Segundo Florival Baioa, o secretário de Estado disse que “não pode haver um compromisso direto do Governo sobre o que irá ser feito, sem que, primeiro, seja feita uma análise conjunta com a CP para se avaliar a viabilidade e os aspetos técnicos da modernização e da eletrificação” do troço Casa Branca-Beja.

“Dentro de algumas semanas se saberá o que vai ser feito”, disse Florival Baioa, que considerou “incompreensível” que o troço Bombel/Vidigal-Évora, da Linha de Évora, que tem “apenas 1/4 dos utentes” da Linha do Alentejo, tenha sido eletrificado e o troço Casa Branca-Beja, da Linha de Beja, que tem “3/4 dos utentes”, não tenha sido eletrificado.

“Isto é, no mínimo, estranho e vai ser motivo de uma análise profunda”, disse Florival Baioa.

O movimento de cidadãos “Beja Merece” foi criado pela Associação de Defesa do Património de Beja em defesa das ligações diretas via Intercidades entre Beja e Lisboa, da eletrificação do troço Casa Branca-Beja e da ligação à Funcheira, que permite a viagem até ao Algarve.

Após mais de um ano fechada para obras de modernização e eletrificação do troço Bombel/Vidigal-Évora, a circulação na Linha do Alentejo foi retomada no passado domingo.

Dado que o troço Casa Branca-Beja não está eletrificado, porque ficou de fora das obras de eletrificação da Linha do Alentejo, a CP acabou com as ligações diárias diretas via Intercidades entre Lisboa e Beja e “optou” por passar a efetuar a viagem através do Intercidades entre Lisboa e Évora e com transbordo em Casa Branca.

Os passageiros da ligação entre Lisboa e Beja viajam agora em Intercidades entre Lisboa e Casa Branca, onde fazem transbordo para uma automotora diesel que faz o trajeto entre Beja e Casa Branca.

Redacção / Lusa
13:33 sexta-feira, 29 julho 2011

Fonte: Diário Online

quinta-feira, 28 de julho de 2011

CP ANUNCIA INTERCIDADES PARA MAS DISPONIBILIZA AUTOMOTORAS PARA BEJA:


«A CP anuncia no seu site na internet que a linha do Alentejo já reabriu com ligações intercidades entre a capital do País e as cidades de Évora e Beja. No ar fica a ideia que a ligação Beja – Lisboa – Beja vai ser, totalmente, efectuada por comboios intercidades. No entanto a situação verificada e previamente anunciada estabelece que por o “trajecto entre Casa Branca e Beja não estar electrificado a CP optou por efectuar essa ligação em automotoras diesel modernizadas no que se refere, nomeadamente, aos níveis de conforto dos bancos e espaço entre estes, tomadas para computador e climatização”. Apesar de tudo, o site da transportadora informa os clientes que as ligações são feitas em comboios intercidades. A CP refere que “o serviço intercidades, através de 4 comboios diários por sentido, permite ligar Lisboa a Évora em 1h21 e Lisboa a Beja em 2h06”. »

Fonte: Rádio Pax

quinta-feira, 21 de julho de 2011

BEJA CONTINUA A REIVINDICAR ELECTRIFICAÇÃO DO TROÇO RODOVIÁRIO:




Autarca afirma que troço Casa Branca-Beja é o que tem mais movimento



Jorge Pulido Valente, presidente da Câmara Municipal de Beja defendeu, em declarações à agência Lusa, que a região deverá "continuar a reivindicar" a electrificação do troço ferroviário Casa-Branca- Beja pois só assim é possível voltar a ter comboios directos entre a cidade alentejana e Lisboa.

Afirma ainda que não se justifica que o troço Casa Branca-Beja não tenha sido o primeiro a ser electrificado visto ser o que tem mais movimento: "Devia ter sido o primeiro a se electrificado e não o de Bombel/Vidigal-Évora".

Depois de um ano fechada para obras de modernização, a circulação da linha do Alentejo é retomada no domingo com 8 ligações diárias em dias úteis entre Lisboa e Beja.

Como o troço Casa Branca-Beja não está electrificado, a CP acabou com as ligações diárias directas via Intercidades entre Lisboa e Beja, optando por passar a afectuar a viagem através do Intercidades entre Lisboa e Évora e com transbordo na Casa Branca.

Os passageiros que façam a ligação entre Lisboa e Beja viajam em Intercidades entre Lisboa e Casa Branca, onde farão transbordo para uma automotora diesel que fará o trajecto entre Beja e Casa Branca.

O autarca acrescenta que apesar do transbordo, o novo serviço "vai melhorar" relativamente ao número de ligações diárias, de horários, da duração das viagens e das composições das automotoras e das carruagens das locomotivas eléctricas.



Fonte: Correio da Manhã

quarta-feira, 20 de julho de 2011

CIRCULAÇÃO NA LINHA DO ALENTEJO RETOMADA DOMINGO COM VIAGENS ENTRE LISBOA-ÉVORA E BEJA:





«A circulação ferroviária na Linha do Alentejo é retomada no próximo domingo com oito ligações diárias, em dias úteis, entre Lisboa, Évora e Beja, mas a viagem até esta cidade será indireta e com transbordo em Casa Branca.As obras de modernização e eletrificação feitas pela Rede Ferroviária Nacional (REFER) no troço Bombel/Vidigal-Évora vão permitir retomar a circulação na Linha do Alentejo "em condições de manifesta competitividade face à anterior oferta", disse hoje à Agência Lusa a diretora de comunicação da CP, Ana Maria Portela.

Segundo a responsável, entre Lisboa, Évora e Beja serão efetuadas oito ligações diárias nos dias úteis (quatro em cada sentido) e seis aos fins de semana e feriados (três em cada sentido). Já que toda a linha entre Lisboa e Évora está eletrificada, as viagens entre estas duas cidades serão efetuadas diretamente, via Intercidades e em locomotivas elétricas.

Nos comboios mais rápidos, a viagem entre Évora e a estação do Oriente em Lisboa, ponto de partida ou destino final de cada viagem, irá durar uma hora e 36 minutos, menos 28 minutos do que na anterior oferta.

Se considerarmos o trajeto entre Évora e a estação de Sete Rios, a primeira à chegada a Lisboa, cada viagem irá durar uma hora e 22 minutos, menos 42 minutos.

Dado que o troço entre Casa Branca e Beja não está eletrificado, porque ficou de fora das obras de eletrificação da Linha do Alentejo, a CP acabou com quatro ligações diárias diretas via Intercidades entre Lisboa e Beja e "optou" por passar a efetuar a viagem através do Intercidades entre Lisboa e Évora e com transbordo em Casa Branca.

Ou seja, os passageiros da ligação entre Lisboa e Beja viajarão em Intercidades entre Lisboa e Casa Branca, onde farão transbordo para uma automotora diesel que fará o trajeto entre Beja e Casa Branca.

Segundo Ana Portela, o serviço entre Beja e Casa Branca será feito através de "automotoras diesel modernizadas" e com conforto "equivalente" ao dos comboios Intercidades, ou seja, dispõem de bancos confortáveis, de mais espaço entre os bancos, tomadas para ligar computadores e climatização.

Apesar de parte da viagem ser em automotora diesel e do transbordo em Casa Branca, a viagem entre Beja e a estação do Oriente, em Lisboa, irá durar menos "quatro ou cinco minutos" do que a oferta anterior.

Através do novo modelo, "a CP apresenta claras vantagens face à oferta de transporte rodoviário coletivo" da Rede Nacional de Expressos, aos níveis do conforto oferecido e da duração das viagens entre Lisboa e as cidades de Évora e Beja, frisou.

A ligação da CP entre Lisboa e Beja, apesar de indireta, durará "menos 19 minutos" do que a ligação rodoviária e a ligação entre Lisboa e Évora será "igual" à da rodoviária ou, em alguns casos, durará menos 10 a 15 minutos, explicou.

No novo modelo, a CP "teve em consideração" as "necessidades dos clientes de mobilidade regional" no trajeto entre Beja e Casa Branca, no qual "se regista uma procura diária de características pendulares", explicou.

Deste modo, precisou, em dias úteis serão realizadas nove circulações, cinco no sentido Casa Branca-Beja e quatro no sentido Beja-Casa Branca, e duas ligações entre Vila Nova de Baronia e Beja, uma em cada sentido.

O fim das ligações diretas via intercidades entre Beja e Lisboa já motivou duas manifestações e uma petição em Beja.

Segundo Ana Portela, a nova oferta "responde perfeitamente" e de "um modo muito mais sustentável", económica e ambientalmente, à procura para Beja e "permite uma flexibilidade de serviço que gera a possibilidade de nove ligações diárias".

Por outro lado, "não seria uma boa decisão de gestão", para assegurar ligação direta entre Lisboa e Beja, "fazer circular, sob troço eletrificado, uma locomotiva diesel, prejudicando o restante tráfego e multiplicando os custos da Linha do Alentejo e duplicando o custo de operação" no troço Lisboa-Casa Branca.»


Fonte: Sic Notícias

QUATRO INTERCIDADES POR DIA ENTRE LISBOA E ÉVORA EM MENOS DE UMA HORA E MEIA:




«A CP lança no domingo uma nova oferta de Lisboa para Évora com quatro Intercidades diários em cada sentido (dois de manhã e dois à tarde) que vão demorar apenas uma hora e 21 minutos entre Sete Rios e aquela cidade alentejana.

Até Maio de 2010, quando a linha do Alentejo encerrou para obras, o mesmo percurso era feito em uma hora e 50 minutos. Esta redução do tempo de viagem só é possível porque a via férrea - que esteve encerrada um ano e três meses para obras entre Bombel e Évora - permite agora velocidades de chegam aos 200 quilómetros por hora. A linha sofreu um investimento de 48,4 milhões de euros e está agora electrificada, tem carris, travessas e balastro novos e foi dotada de modernos sistemas de sinalização e telecomunicações.

Mas o troço entre Casa Branca e Beja ficou à margem desta modernização, não podendo aí circular comboios eléctricos. A CP decidiu, por isso, não ressuscitar os Intercidades para Beja (havia dois por dia em cada sentido até Maio do ano passado) e organizar um serviço de ligação aos comboios de Évora com transbordo em Casa Branca. Este serviço será assegurado por automotoras a diesel remodeladas para o efeito. Contam com assentos mais confortáveis, maior espaço entre os bancos, tomadas para computador, ar climatizado e têm reserva de lugar, podendo os bilhetes ser comprados na Internet.

Este mesmo material vai também assegurar o serviço regional entre Casa Branca e Beja, composta por cinco ligações diárias e mais uma circulação de ida e volta entre Beja e Vila Nova da Baronia. Não serão retomadas as ligações directas entre Évora e Beja.

Apesar da ruptura na estação de Casa Branca, os passageiros de Beja para Lisboa farão agora a viagem até Sete Rios em duas horas e cinco minutos, menos dez minutos do que nos antigos Intercidades. Estes novos tempos de viagem para o Alentejo colocam a CP numa posição bastante competitiva face ao autocarro. De Lisboa para Évora a Rede de Expressos demora entre uma hora e meia a uma hora e 45 minutos, e para Beja os seus autocarros demoram entre duas horas e 45 minutos a três horas.

Os Intercidades para Évora serão compostos por locomotivas 5600 (aptas a circular a 200 km/h) e três carruagens, mas não terão serviço de bar. Partem do Oriente e terão paragem em Entrecampos, Sete Rios, Pragal, Pinhal Novo, Vendas Novas e Casa Branca, havendo um em cada sentido que terá paragem em mais estações para assegurar algum serviço regional (demorando mais dez minutos na viagem).

Este serviço devia ter sido inaugurado em Maio, mas a Rede Ferroviária Nacional atrasou-se três meses com as obras de modernização da linha. Já em 2006 esta linha tinha sido encerrada para obras por nove meses (com novo atraso). Após a reabertura, a CP inaugurou um serviço Intercidades para Évora e Beja. Esta oferta revelou-se um fracasso, sendo a menos rentável da CP, situação que poderá agora mudar devido ao corte de quase meia hora no tempo de percurso.
»

Fonte: Jornal Público, 19 de Julho de 2011

terça-feira, 19 de julho de 2011

NENHUM DOCUMENTO CONFIRMA ENCERRAMENTO DA LINHA FERROVIÁRIA, DIZ PULIDO VALENTE:



«Jorge Pulido Valente reuniu-se ontem com o Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-ministro, Carlos Moedas. Em cima da mesa estiveram diversas questões entre elas a extinção das ligações ferroviárias entre Beja e Lisboa. Segundo notícias vindas a público o anterior Governo teria acordado com a troika a eliminação do troço entre Casa Branca e Ourique. O presidente da Câmara de Beja diz que as informações são “totalmente falsas”. Pulido Valente acrescenta que “não existe nenhum documento que confirme esta notícia”. O autarca sublinha que os comboios recomeçam o seu serviço no dia 24 de Julho. A Câmara está neste momento a aguardar que sejam enviados os horários para verificar as alterações introduzidas. De acordo com Pulido Valente, Carlos Moedas considera que a região deve estar atenta pois existe um défice muito grande de exploração da ferrovia mas existe uma componente de serviço público que deve ser mantida.»

Fonte: Rádio Pax

sexta-feira, 15 de julho de 2011




CIMBAL e AMBAAL: TOMADA DE POSIÇÃO PELA DEFESA DOS COMBOIOS EM BEJA



«O Conselho Executivo da CIMBAL e o Conselho Directivo da AMBAAL decidiram, em reunião, tomar posição pela defesa dos comboios em Beja. Acessibilidades rodoviárias e o novo mapa judiciário também estiveram em cima da mesa.

“O Conselho Executivo da CIMBAL – Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo e o Conselho Directivo da AMBAAL – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral decidiram, em reunião, na passada segunda-feira, manifestar o seu apoio à tomada de posição da Assembleia Municipal de Beja e solidarizar-se com a mesma, com vista à congregação de esforços, no sentido de evitar o encerramento definitivo da linha que serve o Baixo Alentejo e territórios contíguos”, de acordo com Jorge Pulido Valente. O presidente dos conselhos Executivo da CIMBAL e Directivo da AMBAAL adiantou também que “foi criado um grupo de trabalho, para avançar com medidas concretas junto dos órgãos competentes, no que diz respeito às acessibilidades rodoviárias”.

“Na reunião da passada segunda-feira, os conselhos Executivo da CIMBAL e o Directivo da AMBAAL receberam a Ordem dos Advogados, na pessoa do Bastonário Marinho Pinto, e em cima da mesa esteve o novo mapa judiciário”, as declarações são também de Jorge Pulido Valente. Prosseguiu referindo que “a ideia é discutir o novo mapa e encontrar uma posição comum, recolhendo elementos junto dos municípios, para uma posterior avaliação em conjunto com a Ordem dos Advogados e eventual tomada de posição em sede de Assembleia Intermunicipal da CIMBAL”.»


Ana Elias de Freitas

Fonte: Rádio Voz da Planície

quarta-feira, 13 de julho de 2011




GRUPO DE TRABALHO DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE BEJA AGENDA DESLOCAÇÃO À ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA:




"O Grupo de Trabalho, criado no âmbito da Assembleia Municipal de Beja, para acompanhar as questões relacionadas com as ligações ferroviárias a Beja, vai à Assembleia da República no próximo dia 26.

O Grupo de Trabalho, criado no âmbito da Assembleia Municipal de Beja, para acompanhar as questões relacionadas com as ligações ferroviária à cidade Pax-Júlia, reuniu ontem à tarde. No final ficou decidido marcar presença na Assembleia da República no próximo dia 26, altura em que vai decorrer, por iniciativa do partido Ecologista “Os Verdes” uma audição parlamentar sobre transportes ferroviários.

Bernardo Loff, presidente da Assembleia Municipal de Beja, afirmou que nesse dia o movimento vai ainda tentar ser recebido pela presidente da Assembleia da República, grupos parlamentares e Comissão Parlamentar de Economia e Obras Públicas.

O grupo de trabalho volta a reunir na próxima segunda-feira a partir das 18.00 horas."

Inês Patola

Fonte: Rádio voz da Planície

sexta-feira, 8 de julho de 2011

MUNICÍPIOS DEVERÃO JUNTAR-SE AO MOVIMENTO DE CIDADÃOS:



"As Câmaras do Baixo Alentejo individualmente, a par da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL) e da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (AMBAAL) deverão juntar-se ao Movimento de Cidadãos criado em defesa das ligações ferroviárias a Beja.
O anterior Governo propôs à troika o encerramento de 794 quilómetros de vias-férreas, incluindo a ligação Casa Branca -Ourique numa extensão de 116 quilómetros, o que deixaria Beja sem comboios.
A Câmara de Beja voltou a defender ontem a união de todas as “forças vivas” da região na “defesa intransigente” dos serviços ferroviários. Jorge Pulido Valente, presidente da Câmara de Beja, exige a manutenção das ligações directas a Lisboa e a electrificação da Linha Ferroviária do Alentejo até Beja.
Miguel Ramalho “subscreve” estas exigências. O vereador da CDU considera que seria importante saber se os partidos que assinaram o acordo com a troika (PS, PSD e CDS) tinham conhecimento do encerramento da ligação entre Casa Branca e Ourique.
O futuro das ligações ferroviárias a Beja foi uma das matérias em discussão ontem na reunião da Câmara de Beja
."

Fonte: Radio Pax