segunda-feira, 28 de março de 2011

BEJA: DELEGAÇÃO DE CIDADÃOS DEFENDEU INTERCIDADES EM REUNIÃO COM O GOVERNO


A Associação de Defesa do Património de Beja insistiu junto do Governo na manutenção das ligações directas entre Beja e Lisboa, via comboio Intercidades, e na electrificação do troço Casa Branca-Beja da Linha do Alentejo. Uma delegação da associação reuniu sexta-feira, 25, em Lisboa com o secretário de Estado dos Transportes, Carlos Correia da Fonseca, a quem transmitiu a posição do grupo de cidadãos criado em Beja em defesa das ligações directas via comboio Intercidades até Lisboa e da ligação até Faro e a electrificação do troço Casa Branca-Beja. "Mais uma vez defendemos a importância da manutenção das ligações directas entre Beja e Lisboa via Intercidades", disse à Lusa José Filipe Murteira, do grupo, referindo que o secretário de Estado dos Transportes disse que irá "interceder junto da administração da CP" para a empresa "avaliar a possibilidade de manter pelo menos duas ligações directas diárias". Segundo José Filipe Murteira, em relação às ligações directas via Intercidades entre Beja e Lisboa, o secretário de Estado dos Transportes disse "compreender" a posição do grupo, mas também os "argumentos de défice de exploração" das ligações apresentados pela CP. Em relação à electrificação do troço Casa Branca-Beja da Linha do Alentejo, disse José Filipe Murteira, o secretário de Estado dos Transportes explicou que "a questão da electrificação de ferrovias a nível nacional está praticamente parada, devido à situação financeira do país". No entanto, frisou, o grupo defendeu a hipótese de a obra ser financiada por fundos comunitários, através do Quadro de Referência Estratégico Nacional, e o secretário de Estado dos Transportes comprometeu-se a "interceder" junto da REFER para a empresa "estudar a viabilidade de electrificação" do troço Casa Branca-Beja. As intenções da CP de acabar com as ligações directas via Intercidades entre Beja e Lisboa e da ligação até Faro e a defesa da electrificação do troço Casa Branca-Beja já motivaram duas manifestações e uma petição. Lançada pela Associação de Defesa do Património de Beja, a petição, com 15.071 assinaturas e que já foi entregue no Parlamento, exige a manutenção das ligações directas via intercidades entre Beja e Lisboa, que irão passar a ser feitas através de automotora diesel entre Beja e Casa Branca, onde será feito transbordo para comboio eléctrico até à capital. A manutenção das ligações entre Beja e a Funcheira, que permite a ligação ao Algarve, e a electrificação do troço entre Beja e Casa Branca da Linha do Alentejo são as outras exigências da petição. O serviço Intercidades (de Lisboa a Évora e a Beja) da Linha do Alentejo está suspenso devido a obras da REFER no troço Bombel/Vidigal-Évora a decorrer até Maio deste ano.


domingo, 27 de março de 2011



Clicar na imagem para ver a 9 edição da publicação Trainspotter - Portugal Ferroviário, relativa ao mês de Março de 2011. Destaca-se o editorial de Ricardo Ferreira sobre o encerramento do ramal de Cáceres e Leixões e sobre o desaparecimento do Intercidades de Beja.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Clicar na imagem para aceder ao blogue "A Nossa Terrinha", com um excelente artigo sobre a estação de comboios de Vila Viçosa.

segunda-feira, 21 de março de 2011

sexta-feira, 18 de março de 2011

PARTIDO OS "VERDES" ENTREGA PROJECTO DE RESOLUÇÃO - LIGAÇÃO FERROVIÁRIA A BEJA NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA:

“Os Verdes” entregaram Projecto de Resolução - Ligação Ferroviária a Beja na Assembleia da República

Neste documento o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) defendem que “a maior procura do comboio como forma de mobilidade, bem como a sua procura para efeitos de transporte de mercadorias, em detrimento do sector ferroviário deve constituir um objectivo político central, de contributo para a sustentabilidade do desenvolvimento e a modernização do país”. O PEV considera que a opção dos Governos tem sido “absolutamente” inversa.
Neste Projecto de Resolução o PEV afirma que esta política defendida pela CP e pelo Governo de que Beja, capital de distrito, perca a ligação ferroviária directa a Lisboa significa “um contributo real para um maior isolamento de Beja em relação ao país e designadamente em relação à capital, o que é inaceitável do ponto de vista da coesão territorial e do combate às assimetrias regionais”.
O Projecto de Resolução apresentado por “Os Verdes” recomenda ao Governo: “a manutenção e valorização da ligação ferroviária directa entre Beja e Lisboa; a urgente electrificação do troço ferroviário entre Casa-Branca e Beja; a continuação da ligação ferroviária ao Algarve, através da Funcheira, criando condições para uma nova geração de intercidades entre Lisboa e o Algarve, passando por Beja”.
Heloísa Apolónia, deputada de “Os Verdes”, explica que o PEV decidiu apresentar este Projecto, apesar de já haver uma petição na Assembleia da República, porque as petições são discutidas mas não são votadas. A mesma responsável afirma que a votação é “extraordinariamente importante para perceber o posicionamento de todas as bancadas parlamentares e dos deputados” e também “porque a aprovação de uma resolução seria uma grande pressão sobre o Governo para a concretização dessas medidas”.


Fonte: Rádio Pax

quarta-feira, 16 de março de 2011

ATÉ QUANDO SE VAI CONTINUAR A PLANEAR O MAPA DOS CAMINHOS-DE-FERRO PORTUGUESES APENAS EM FUNÇÃO DOS LUCROS IMEDIATOS E SEM QUALQUER VISÃO DE FUTURO??

segunda-feira, 14 de março de 2011


VIAGEM DO INTERCIDADES LISBOA-ÉVORA VAI DEMORAR MENOS 20 A 30 MINUTOS:


CP admite desistir de automotoras e voltar a colocar o serviço com máquina e carruagens na ligação entre a capital e a cidade alentejana, encurtando a viagem para hora e meia

A modernização da Linha do Alentejo, que inclui a electrificação e rectificação do traçado desde Bombel (Vendas Novas) a Évora, pode permitir uma redução do trajecto entre 20 e 30 minutos, disse fonte oficial da CP.

Desta forma, os Intercidades Lisboa-Évora poderiam reduzir o seu tempo de percurso que era de uma hora e 56 minutos com material diesel (até Maio do ano passado quando a linha fechou para obras) para uma hora e meia, tornando a viagem mais competitiva com os expressos rodoviários e com o próprio transporte individual.

Mas para que isso aconteça a CP terá de desistir do seu projecto de ali colocar automotoras UTE (Unidades Triplas Eléctricas) modernizadas, cuja velocidade máxima é de 120 quilómetros por hora. Em vez disso, deve manter as carruagens Intercidades, mas agora rebocadas pelas locomotivas eléctricas 5600, capazes de circular a 200 km/h. A velocidade máxima, contudo, não passaria dos 160 km/h, que é o limite a que as carruagens podem circular.

Se a CP mantiver estas intenções e a Rede Ferroviária Nacional (Refer) continuar a garantir que a Linha do Alentejo poderá aceitar estas velocidades, Évora passará a contar em Maio próximo (quando se concluírem as obras) com um inesperado serviço de cinco intercidades diários em cada sentido com tempos de viagem bastante rápidos.

Mau tempo atrasa obras

Já para Beja, a CP mantém que não vale a pena colocar comboios a diesel a circular debaixo da catenária (cabos de alta tensão) e que o troço não electrificado entre aquela cidade e Casa Branca (63 quilómetros) será assegurado com UDD (Unidades Duplas Diesel) que darão correspondência aos Intercidades de Évora. Uma decisão que tem causado grande controvérsia na capital do Baixo Alentejo, que se vê secundarizada face a Évora.

A CP tem em curso nas suas oficinas da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário a modernização de duas UDD para servirem de "navettes" entre Casa Branca e Beja e três UTE, inicialmente previstas para o Lisboa-Évora, mas que a empresa admite agora dar-lhes outra utilização. A modernização destas cinco automotoras custa um milhão de euros e inclui assentos mais confortáveis, bem como novas mesas, bagageiras e pavimento. A pintura exterior também será alterada.

Apesar da Refer ter fechado a Linha do Alentejo durante um ano para nela se poder trabalhar 24 horas por dia, a mesma não irá reabrir a 1 de Maio quando se completarem o prazo para as obras. Fonte oficial da Refer disse que "as condições atmosféricas adversas que se têm vindo a fazer sentir desde Outubro de 2010 estão a impedir o conveniente tratamento da nova plataforma ferroviária, o que poderá reflectir-se na data de reabertura da linha".

O presidente da CP, José Benoliel, explicou que o atraso, a existir, não será da parte da sua empresa, que "tudo fará para ter o material circulante disponível na data prevista de reabertura".


Fonte: Jornal Público, 14 de Março de 2011

sexta-feira, 4 de março de 2011

quarta-feira, 2 de março de 2011


COMBOIOS/ BEJA: DISCUSSÃO DA PETIÇÃO NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA



A Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicações da Assembleia da República, ouviu ontem o ministro dos Transportes, António Mendonça e vai ouvir Florival Baioa, da ADPBeja, sobre a petição “Ramal de Beja e outras dores de alma”. O relator nomeado pela Comissão, é João Figueiredo, deputado do PSD.
“Discussão TGV”, é como se pode considerar a análise da petição N.º 145/ XI, denominada “Ramal de Beja e outras dores de alma”, que tem como primeiro peticionante a Associação para a Defesa do Património Cultural de Beja.

Contendo 15.071 assinaturas a petição deu entrada na Assembleia da República no dia 15 de Fevereiro, tendo baixado e sido admitida pela Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicações no dia 23.

O ministro dos Transportes, António Mendonça “do ouvido ontem pela comissão”, revelou à Voz da Planície, Florival Baioa, que vai prestar esclarecimentos na mesma instituição “na próxima quinta-feira”.

O presidente da ADPBeja, afirma que “da CP não se espera nada de novo”, tendo em conta a reafirmação de que “só serão substituídos os comboios intercidades Lisboa-Beja, mantendo-se as automotoras”, situação que leva Florival Baioa a justificar que “só o Poder político pode alterar esta situação”.

A Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicações nomeou como relator da petição João Figueiredo, deputado do PSD, eleito pelo Círculo de Viseu.

Fonte: Rádio Voz da Planície